Histórias de Moradores de Cubatão

Esta página em parceria com o Museu da Pessoa é dedicada a compartilhar histórias e depoimentos dos Moradores da cidade de Cubatão.


História da Moradora: Patrícia Vasconcelos Abreu
Local: São Paulo
Publicado em: 03/12/2014

Patrícia, uma mulher de muitos sonhos!

Sinopse:

Patrícia é hoje inspetora da Escola Padre Manoel da Nóbrega em Cubatão. Sua trajetória de vida foi conhecida e contada pelos alunos de uma turma da escola e agora encontra-se aqui registrada.

História
:
Patrícia Vasconcelos Abreu nasceu em Cubatão em 7 de agosto de 1978. Ela é uma mulher de 36 anos e uma moça muito bonita. Ela tem uma irmã que faz aniversário no mesmo dia que ela. O pai dela era trabalhador. Veio de Alagoas e sempre trabalhou muito. Trabalhou como encarregado de obras, também serviu o exército. Hoje ele já é falecido, Patrícia perdeu o pai quando ela tinha 18 anos. Sua mãe veio de Pernambuco, ela trabalhava em casa, mas também era vendedora de cosméticos para ganhar um dinheiro. Sua avó era índia, e seu avô holandês. Patrícia disse que teve uma infância muito feliz e tinha muitas amigas, as melhores eram Carla e Marta.

Patrícia contou que quando estava muito frio, a mãe dela fazia um prato bem grande e reunia seus filhos pequenos para ficar no sofá vendo televisão debaixo de um cobertor. Ela gostava de ouvir as histórias da mãe dela, que usava vozes diferentes para fazer os personagens. A família se dava muito bem e ela nunca se arrependeu de ser daquela família. Ela sempre ia para a escola a pé, com seus irmãos. Na escola, uma coisa que marcou sua vida foi a professora que pegou um violão e começou a tocar uma música na sua frente, com isso ela ficou encantada com a letra da música e com poesias. Ela disse que ficou muito feliz neste dia. Na sua infância ela queria ser secretária, cantora, atriz e professora.

As brincadeiras que ela mais gostava eram pular elástico e mamãe-da-rua. Durante toda sua vida, ela viveu na cidade de Cubatão, e por isso, viu as mudanças que aconteceram na cidade. Antes tinha um cinema que fechou, deixando a cidade sem cinema. Mas hoje existe um outro, que se localiza no parque Anilinas. Ela lembra de pegar trem no lugar que hoje é a Estação das Artes. Na rua de Patrícia, só havia uma ou duas pessoas com telefone . Naquela época poucas pessoas tinham telefone em suas casas, pois os telefones eram muito caros. Ela pedia para usar o telefone desses vizinhos quando precisava, de vez em quando.

Na rua dela, passavam poucos carros e sobrava espaço para brincar à vontade. Na sua adolescência, a mãe dela só a deixava sair no bairro onde morava. O primeiro namorado dela foi um japonês, que ela namorou escondido, hoje ela sabe que sua mãe já sabia do segundo namoro. Já o terceiro foi o homem com quem se casou e teve três filhos: Murilo, Álvaro e Heitor. Ela já foi ao Rio de Janeiro várias vezes. Hoje em dia, ela mora em Cubatão e está fazendo faculdade para ser professora de matemática.

Enquanto isso Patrícia trabalha como inspetora de alunos na escola Padre Manoel da Nóbrega, que fica no Casqueiro em Cubatão. Ela é uma inspetora muito boa e educada, que é brava, mas também é legal com os alunos e professores. Patrícia ainda gosta de brincar hoje em dia com seus filhos. Patrícia disse que tinha o sonho de ter três filhos, esse é um sonho que ela já realizou. Ela ainda quer ver seus filhos grandes e formados. Ela é uma boa mãe e esposa, uma ótima inspetora e uma mulher batalhadora, que tem bons objetivos de vida e está tentando compensar o tempo que parou de estudar para criar de seus filhos.