Cubatão emprega tecnolocia de ponta no combate à dengue
segunda-feira, 19 de março de 2012Os dados fornecidos a partir das 362 armadilhas que utilizam tecnologia de ponta para a captura do mosquito Aedes aegypti já permitem ao Departamento de Vigilância à Saúde planejar e executar ações onde há maior risco de transmissão do vírus da dengue. Chamadas de mosquitraps, as armadilhas, instaladas estrategicamente em residências e na área industrial em guia de Cubatão no início do ano, imitam um criadouro com substância que atrai fêmeas.
Segundo a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue, Odymara Elaine Neves Faya, com as armadilhas, inverte-se um processo comum na luta contra a dengue. “As ações de bloqueio são tomadas após a suspeita de o mosquito ter infectado alguém. Mas, a idéia é descobrir o sorotipo do vírus da dengue no mosquito infectado e não no paciente suspeito de já ter contraído a doença. A tecnologia é utilizada com a finalidade de se eliminar o mosquito antes mesmo que ele faça vítimas”.
Equipadas com placa identificada geograficamente via GPS (sigla em inglês para sistema de posicionamento global), permitem que o agente do programa envie, a partir de um aparelho celular, os dados contidos na mosquitrap para uma central localizada em Belo Horizonte (MG), sede da Ecovec, empresa que desenvolveu o sistema. As informações são processadas e geram mapas de infestação e tabelas sobre os mosquitos.
Já as amostras coletadas pela mosquitrap são encaminhadas, via Sedex, ao laboratório da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), conveniada à Ecovec. O Aedes aegypti capturado passa por testes genéticos e, caso esteja infectado, é possível saber por qual dos quatro sorotipos da dengue.
Tecnologia – Seguindo orientação da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), Cubatão realiza monitoramento quadra a quadra. Por decisão da Administração, esse acompanhamento utiliza tecnologia de ponta a partir do Sistema de Infomações Geográficas (SIG). O trabalho de campo dos cerca de 100 agentes de vigilância ambiental é coordenado com o auxílio dessa ferramenta.
“É possível delimitar a área de intervenção, saber quantas residências foram visitadas, quantas estavam fechadas no momento da ida do agente, mapear toda a atuação, inclusive o ritmo e a qualidade do trabalho na rua”, detalha o coordenador do Núcleo de Informação de Geoprocessamento da Secretaria Municipal de Saúde, Romualdo Juliatto. “Utilizamos esses recursos na dengue, na desratização e na desinsetização. Em Cubatão, a atuação do agente tem um olhar integral da saúde. As informações das mosquitraps também integram nosso banco de dados”.
Mutirão – Jardim Casqueiro, Centro, Vila Couto, Ilha Caraguatá e Vila Nova são os bairros de Cubatão onde se verificou a necessidade de um trabalho preventivo mais intenso. A informação foi obtida pelo Departamento de Vigilância à Saúde a partir de levantamento feito com o emprego das armadilhas. Para eliminar os possíveis criadouros dessas regiões, mais de 100 agentes, supervisores e coordenadores do Programa de Vigilância Ambiental em Saúde estão realizando mutirões. A ação começou no último sábado (10), na Ilha Caraguatá, e continuará nos próximos finais de semana nos demais bairros.
Fonte: Prefeitura de Cubatão