Plano emergencial de inverno tenta diminuir poluição do ar em Cubatão
segunda-feira, 18 de julho de 2011Na cidade de Cubatão a poluição é diferente em relação à capital. Ela não vem de escapamentos dos veículos. A maior parte das emissões de fumaça e material particulado sai das empresas do polo industrial. Mas essa situação já foi bem pior. Na década de 80, a cidade chegou a ser considerada a mais poluída do mundo.
“Nasciam os fetos deformados. Então, Cubatão era conhecida como vale da morte”, diz a líder comunitária Zulma dos Santos.
Não havia controle ambiental. A comunidade e entidades internacionais pressionaram e as indústrias foram obrigadas a investir em tecnologia para diminuir as emissões de poluentes.
“A gente sentava e sujava a roupa. Hoje, a gente vê até pássaros. A gente não tinha nada”, recorda o funcionário público Cláudio Gonçalves da Silva.
O último estudo do Centro da Indústria do Estado (Ciesp) mostra que a emissão de fumaça e partículas diminuiu 98% quando comparada à década de 1980. Mesmo assim a qualidade do ar hoje é considerada ruim.
Em todas as medições do Respirômetro os índices ficaram altos. O paredão da Serra do Mar dificulta que o vento leve os poluentes embora. Por isso, Cubatão adota nos meses de inverno um plano emergencial. As ruas são molhadas para diminuir a poeira e as indústrias podem frear a produção.
“Envolve até o desligamento, a paralisação de empresas, se perceber que a situação pode ficar crítica”, diz Ademar Salgosa, diretor de meio ambiente do Ciesp.
Fonte: G1